sábado, 18 de julho de 2009

6º Encontro: "Compartilhando Saberes"

Sábado,11/07/2009

Local: Colégio Deus Menino

OFICINA -08 TP4 UNIDADE- 16

A produção textual - crenças, teorias e fazeres.

TEMA: "Diversidade Cultural"

" Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina"
( Cora Coralina)















  • OBJETIVO:

Avaliar o papel social da escola, discutindo a necessidade de produzir textos dirigidos a interlocutores de fato, nos gêneros efetivamente praticados pela sociedade.



Hoje nos reunimos mais uma vez para dar sequência ao programa GESTAR II e discutirmos as unidades 15 e16 do TP4, como também para desenvolvermos atividades sugeridas na 8ª oficina, e outras técnicas. Como sempre, cada encontro é único, por isso o motivo do nome especifico para o mesmo. Uma outra coisa que faço em todas as oficinas, além do planejamento, é levar mensagens escritas em cartazes, referentes ao conteúdo em foco. Como também, todas as informações sobre a oficina, e principalmente o objetivo.

Nesta oficina, senti necessidade de uma maior integração entre os cursistas, uma vez que, alguns deles sentiam-se tímidos na hora de exporem os relatos das vivências em sala de aula. Então resolvi fazer uma técnica para formar grupos e os mesmos iriam continuar juntos durante toda a oficina. Iniciamos com as transposições didáticas as quais foram expostas oralmente, através da técnica do boneco (colaboração da professora Viviane) onde eles desenharam um boneco bem grande em um papel e foram à frente exporem os relatos mostrando as conquistas e desafios do AVANÇANDO NA PRÁTICA, relacionando com as partes do boneco, no caso representando o cursista e os alunos. Foi bastante valioso esse momento, pois os cursistas que ainda não tinham feito relatos oralmente, foram estimulados a fazerem. Muitos trabalharam nas produções textuais, os gêneros: convite, folders, cartão postal e entrevistas, pois pelo tema transversal, foram os mais apropriados, abordando a cultura local.

Após aos relatos, fiz alguns questionamentos sobre os elementos intra e extratextuais, como também sobre as dimensões de extrema relevância na produção e revisão textual como, a variação lingüística, níveis de linguagem, coesão, coerência e argumentação. Discutimos sobre os mitos que permeiam o ato de escrever, esclarecendo que:

— escrever é uma habilidade e não um dom;

—... é um ato que se alimenta com a prática ;

—... exige empenho e não um ato espontâneo e natural.

Tudo isso em consonância com a teoria de Silviane Bonacorsi Barbato (material do Gestar) e com o que diz Lucília Garcez (2002) “Muito trabalho e bastante paciência, unidos a uma dose de humildade e a uma pitada de sabedoria são os ingredientes indispensáveis para escrever um bom texto”.

Para reforçar as reflexões sobre os questionamentos, apliquei a atividade sugerida na oficina, em que os cursistas apresentaram propostas de produção textual demonstrando-os entendimento das unidades estudadas.

Como orientadora desse grupo de cursistas, a cada encontro eu vejo o crescimento em relação a essas unidades trabalhadas. Pois apesar de algumas dificuldades enfrentadas por eles, como por exemplo, sair da zona rural sem nenhum incentivo financeiro, sem um lanche adequado, às vezes até sem intervalo para sair mais cedo, mesmo assim, ainda se sentem estimulados a continuar o curso.

Em seus relatos, no momento avaliativo, os cursistas evidenciaram a preciosidade do material do GESTAR e a riqueza dos encontros para a prática pedagógica e consequentemente para aprendizagem dos alunos. Confesso que estou bastante satisfeita como os resultados que eles demonstram obterem em sala de aula.

Enfim, com esse estudo e algumas práticas textuais ficou entendido que é de suma necessidade desenvolvermos nos nossos alunos a habilidade de produzir textos dirigidos a interlocutores de fato, nos gêneros efetivamente praticados pela sociedade.



  • ALGUMAS PRODUÇÕES TRABALHADAS EM SALA DE AULA








































Jovens do Brasil


Se você é jovem

Ouça o que vou falar

Para sermos pessoas de bem

Precisamos estudar

Para ter um futuro brilhante

Para não ir a roça trabalhar.


Eu que sou jovem

Tenho muito que aprender

Quando eu era pequena

Ouvia meu pai dizer

O jovem que não estuda

No futuro há de se arrepender.


O Brasil é um lindo país

Isso não podemos negar

Os jovens são o futuro do mundo

E isso não podemos evitar

Se você quiser fazer parte desse futuro

Você precisa estudar.


Não quer perder muito tempo

Pois ainda estou aprendendo a declamar

Apenas sou uma jovem de bem

Sincera e que sabe seu lugar.


Não quero que ninguém me rejeite

Pois também não sou de rejeitar

Vou ficando por aqui

Porque não tenho mais o que argumentar.


(aluna da cursista Neidiane)



"A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender"

(Albino Teixeira)

        • AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:

        "Todas as oficinas estão sendo válidas para nós cursistas, pois além de estarmos nos aperfeiçoando mais em produção textual, estamos praticando bastante com os nossos alunos, passando também para eles as experiências adquiridas no GESTAR".

        (Cursista Lucinéa)


        sexta-feira, 17 de julho de 2009

        5º Encontro: " Enriquecendo a prática docente"

        Sábado, 27/06/2009
        Local: Colégio Deus Menino

        OFICINA - 07 TP4 UNIDADE - 14

        "O Processo da Leitura"
        TEMA: CULTURA

        " A leitura torna o homem completo, a conversação torna-o ágil, e a escrita lhe dá precisão".
        (Francis Bacon)
        • OBJETIVO:

        Aprofundar as reflexões dos cursistas no que diz respeito ao letramento, ao processo de leitura, e à prática de trabalhar com textos.


        O início da oficina deu-se com a retomada dos conceitos teóricos, importantes para a compreensão do estudo das unidades em foco: “Leitura, escrita e cultura; Processo da leitura”. Houve alguns questionamentos, e aprofundei esse estudo distribuindo alguns textos xerocados de outras fontes “Estratégias de leitura” de Werlich (apud Marcuschi, 2002) e um quadro demonstrativo do mesmo autor sobre Sequências tipológicas (conteúdo anterior) para auxiliar na compreensão de produção textual.

        Fiquei satisfeita com o resultado dessa retomada de estudo, pois em alguns pontos abordados nas unidades em foco, os cursistas encontraram algumas dificuldades por necessitarem de esclarecimentos, e o material selecionado por mim, serviu de apoio nesse encontro. Portanto, valeu meu esforço de não só explorar o material do GESTAR, mas também ir em busca de outras fontes que tratam do mesmo conteúdo.

        Na sequência, houve as transposições didáticas. Aproveitando a época das festas juninas, muitos cursistas apresentaram relatos de atividades sobre letramento e diversidade cultural, com as quais puderam explorar o conhecimento prévio dos alunos.

        Foi importante esse momento, pois pelas exposições dos cursistas, foram práticas prazerosas para o alunado, uma vez que trabalharam a realidade dos mesmos. Nessa parte da oficina, a maioria dos cursistas elogiaram o material do GESTAR, valorizando as atividades elaboradas não só no caderno de Teoria e Prática, como também nos de apoio à aprendizagem.

        Após os relatos, apliquei a atividade sugerida na oficina (Texto – Cidadezinha Qualquer). Através da exploração desse texto, pude perceber a dificuldade que muitos cursistas ainda têm sobre inúmeras possibilidades de se trabalhar com texto, ou seja, sair do superficial para o aprofundamento textual.

        Porém, a atividade foi de grande importância, pois deixou em evidência a necessidade de se aprofundar em análises textuais.

        No momento da autoavaliação, os cursistas puderam expressar suas dificuldades, apesar de terem deixado claro, o quanto o encontro foi valioso para eles. Como formadora, tenho consciência de que devo estar sempre preparada em relação ao conteúdo em foco, pois o que eles (cursistas) necessitam mais, são dos esclarecimentos em relação ao estudo. Isso, em razão do pouco tempo que eles têm para estudar os cadernos de Teoria e Prática.


        Relatos de Experiências ( transposições didáticas)





















        ESTRATÉGIAS DE LEITURA


        Temos dificuldades que se apresentam na hora da leitura de textos diversos. O que fazer? Vamos ver algumas idéias para facilitar nossa leitura, para conseguirmos assimilar, compreender melhor o que

        lemos.

        Iremos, neste tema, concentrar-nos em alguns procedimentos estratégicos de leitura.


        Leitura: há passos para seguir?


        Sim, há. Antes, porém, devemos conhecer alguns passos que devem ser absolutamente evitados. Silva (2000, p.11-15), após observar como se processa a leitura nas escolas, cita quatro passos:

        o passo de ganso; o passo de cágado; o passo incerto; o passo largo.

        • Passo de ganso é aquela leitura feita de forma mecânica e sincronizada, em que os estudantes abrem o livro, lêem a lição, fazem os exercícios, repassam a gramática, redigem trinta linhas e entregam a produção ao professor.

        • Já o passo de cágado consiste em condutas reprodutoras, como a imitação, a cópia, a ficha padronizada, a resposta ao questionário.

        • O passo incerto é o passo do educador que tenta com dificuldade e insegurança sair dos passos anteriormente citados

        • Os passos largos, enfim, são os ideais para se formar leitores. A leitura é um ato pedagógico abrangente e complexo que engloba as atividades de falar, discutir, contar, debater, ouvir, escrever etc. Atividades que podem destruir a pedagogia do silêncio de nossas escolas, permitindo que as vozes dos estudantes se entrecruzem em esquemas de comunicação autêntica.

        Agora, pois, veremos que passos você pode trilhar para ser um bom leitor.


        Algumas estratégias de leitura

        • estabelecer um objetivo claro;
        • identificar e sublinhar com lápis as palavras-chave;
        • tomar notas;
        • estudar o vocabulário;
        • destacar divisões do texto;
        • simplificar;
        • descobrir a intertextualidade;
        • monitorar a fidelidade ao planejamento;
        • detectar erros;
        • ajustar a velocidade;
        • ser tolerante a paciente.


        ( Extraído da apostila do curso de Letras - UNITINS).

        SEQUÊNCIAS TIPOLÓGICAS - Segundo Werlich (apud Marcuschi, 2002).

        BASES TEMÁTICAS

        TRAÇOS LINGUÍSTICOS

        DESCRITIVA

        Verbo estático no presente ou imperfeito, um complemento e uma indicação circunstancial de lugar.

        Ex: Na escola havia muitas salas de aula.

        NARRATIVA

        Verbo de mudança no passado e um circunstancial de tempo e lugar. Enunciado indicativo de ação.

        EXPOSITIVA (O texto se dedica a expor ideias, a fazer que o leitor/ tome conhecimento de informações ou interpretações).

        Sujeito, predicado (no presente) e um complemento com um grupo nominal. Enunciado de identificação de fenômenos ou de ligação de fenômenos.

        Ex: O sol é um astro.

        A aranha marrom tem um veneno poderoso.

        ARGUMENTATIVA (O texto busca explicitamente convencer o leitor/ ouvinte sobre a validade das explicações. Articulação dos fatos. Exige uma atividade de acreditar).

        Verbo ser no presente e um complemento (adjetivo). Enunciado de atribuição de qualidade.

        Ex: Não devemos achar que o governo não irá rever suas atitudes.

        INJUNTIVA: (O texto leva o interlocutor a fazer alguma coisa, ordem, pedido ou forma interrogativa). (instrucional).

        Verbo no imperativo, incitadores de ação. Pode conter um vocativo.

        Ex: Faça silêncio!

        Venha cá, Marcelo! Diga-me as horas.

        PREDITIVO (Faz-se predições, prevê, antecipa). Leva o leitor/ ouvinte acreditar em estado de coisas que ainda está para acontecer.

        Verbo no futuro. A forma é muita parecida com a descritiva. A diferença está no objeto descrito: pois em lugar de descrever espacialmente coisas ou pessoas, são eventos futuro o foco da descrição.

        Ex: horóscopo

        Acho que vai chover

        • AVALIAÇÃO DO ENCONTRO:

        “O material do GESTAR é rico, bastante diversificado ,e só veio enriquecer minhas atividades em sala de aula. São sugestões simples, mas que dão excelentes resultados”.

        (Cursista Edina Candeira)